quarta-feira, 15 de julho de 2015

Entrevista – Volkmort

Por Cielinszka Wielewski



1. Apresente a Volkmort para quem frequenta o Doom Metal BR, mas não a conhece.
DEATHOS - Somos a banda VOLKMORT, executamos um death/doom, porém agregamos alguns elementos de WAR metal.
Atualmente integram a banda:
Deathos – Panzer (Bass)
Unorthodox – Deaths (Guitars)
Sepulchral – Grave (Drums)
Dunkel Traum – Flagéllum (Vocal)



2. Como começou a VolkMort?
DEATHOS – A banda iniciou-se em novembro de 2004, na cidade de Timbó - interior de Santa Catarina -, no Sul do Brasil, onde se encontra até os dias atuais. 
Eu toquei entre outras, na banda PAIN OF SOUL por quase três anos, e assim que saí, fundei a Volkmort. Então pude materializar as minhas ideias em forma de música extrema, e sempre trabalhamos para nos manter firmes na nossa sonoridade, que remete à antiga escola do Death/Doom, agregando elementos do WAR metal. 


3. O que vocês tem feito nos últimos tempos? Quais as novidades ou rotina da banda?
DEATHOS - Em 2011 lançamos a nossa primeira demo, intitulada, SUPREME EVOLUTION OF FEAR, processo iniciado em 2010. Em dezembro de 2013 anunciamos o lançamento do promo full CD, THE BEGINNING OF THE END. 
Em 2015 lançamos a tape TRACES OF DOOM, que é uma compilação de músicas da demo, do promo CD e mais uma música inédita gravada ao vivo em um dos nossos ensaios. Nós a lançamos em parceria com o selo norte americano Whort Records, da Flórida. 
Quanto à rotina de ensaios, continua normalmente, temos um cronograma bem definido, tentando conciliar com outros compromissos profissionais e pessoais. Em relação a shows, nós tocamos em poucos e bons eventos, somos muito criteriosos na hora de fechar um show, analisamos bem os prós e os contras. Para 2015 ainda faremos poucas apresentações e no momento estamos negociando detalhes com os organizadores.


4. Quais suas impressões a respeito do Doom Metal no sul do Brasil? 
DEATHOS – De modo geral, temos um cenário promissor aqui no sul, os eventos de metal estão crescendo. Porém o profissionalismo precisa acompanhar esse crescimento da cena. Não adianta somente as bandas investirem em equipamentos e conhecimento musical, os organizadores precisam ter o mesmo espírito evolutivo. 
Vejo esse gênero pouco apreciado por aqui. Temos bandas talentosas com ótimos trabalhos e falta espaço, mas eu tenho a impressão de que o mesmo ocorre no resto do país. Os organizadores querem fazer, mas não querem pagar, esse é um dos motivos pelos quais somos muito seletivos com os convites para shows, não tocamos mais “em troca de cerveja e cachorro quente” há muito tempo. 


5. Qual festival ou evento que vocês já tocaram, que mais marcou a Volkmort?
DEATHOS – Foram poucas apresentações, mas de certa maneira até agora todos os shows foram muito bons para nós. 

Em ação no Valley Metal Fest em Indaial/SC, 2013.


6. Como vocês veem o Doom Metal no Brasil de forma geral? Quais suas perspectivas ou expectativas? 
DEATHOS – No Brasil há várias bandas com trabalhos lançados, inclusive internacionalmente, como é também o nosso caso. No sul - como eu já citei -, precisamos de mais espaço e nos tornar mais profissionais, principalmente em se tratando de organização de eventos. 
No Brasil, eu vejo que o que falta é apoio geral entre as bandas. Às vezes eu tenho a impressão de que existe uma espécie de competição entre as elas, algo como se fôssemos semelhantes a times de futebol! Isso é extremamente maléfico para a cena. 
As nossas expectativas se resumem em mantermos a banda produzindo death/doom metal, de maneira séria e honesta como sempre fizemos, primeiramente para nos satisfazer, e o resto será consequência.


7. Infelizmente o que ainda falta de certa maneira na mídia, é perceber e oportunizar espaço para bandas de várias localidades do Brasil. Valoriza-se muito algumas regiões em detrimento de outras. O que vocês acham disso? Que oportunidade nesse sentido já receberam, que surpreendeu vocês?
DEATHOS – Concordo, o cenário metal brasileiro ainda é muito fechado por estilos, vertentes, “panelas” e regiões.
Entendo o fato das pessoas valorizarem mais a cena do seu estado, acredito também que isto seja necessário, benéfico. Mas o que é maléfico, é fechar totalmente a mente e os ouvidos para a cena de outros lugares. Nós estamos chamando a atenção de um público pequeno fora do nosso estado (Santa Catarina), temos apreciadores do Sudeste e do Nordeste também. Esse público realmente é pequeno, mas, para nós o que importa neste momento não é a quantidade de pessoas que queiram apreciar o nosso trabalho, e sim pessoas que entendam e apreciem de verdade o que estamos fazendo. 
O que de fato nos surpreendeu mesmo nos últimos tempos, foi o interesse internacional pelo nosso material, o que acabou nos levando a fechar uma parceria com o selo norte americano Whort Records da Flórida, e que vem oportunizando uma boa divulgação fora do país, especialmente nos Estados Unidos e na Europa.

8. Deixe um recado para o público que frequenta esse espaço.
DEATHOS – Agradecemos a vocês do DOOM METAL BR pelo espaço para divulgar um pouco das nossas ideias, aos Camaradeathsdoomers que nos apoiam, e queremos aproveitar e convidar a quem tenha real interesse em apreciar o nosso trabalho, para adicionarem o nosso perfil no facebook: www.facebook.com/volkmort.timbo.

SALUTE CAMARADEATHSDOOMERS!!!

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