quarta-feira, 6 de maio de 2015

Resenha de CD > Mythological Cold Towers - Monvmenta Antiqva (2015)

Gravadora: Nuktemeron Prods.
Lançamento: abril/2015
Por Cielinszka Wielewski (Persephone Dark Clothes)

Quando trata-se de uma banda da relevância da Mythological Cold Towers para o cenário nacional, a expectativa por ouvir um novo trabalho é grande. Imagino o quanto deva ser ansiosa essa expectativa também por conta de seus integrantes, quando da produção do álbum. Mas o resultado ficou ótimo, ficou evidente a já notória experiência e identidade musical do grupo. A audição mostrou uma revisita a influências de suas próprias produções anteriores, com uma pitada de novidade. 

De inspirações gregas, romanas e temática histórica, a impressão que tive ao ouvir por completo o “Monvmenta Antiqva”, foi um misto de melancolia e reflexão. É incrível como esta banda tem o dom de casar muito bem as letras com os riffs e o andamento dos outros instrumentos. E essa combinação não poderia resultar em algo melhor. Parece que cada vez que se ouve, irá se descobrir algum detalhe novo. Enfim, as guitarras, por exemplo, “grudam” e os detalhes marcam e distinguem bem cada música. 

A princípio soou o álbum mais melancólico da banda, talvez porque a intro “Beyond the Frontspiece” já começou nesse clima. Densa e misteriosa, é o tipo de música que caberia ao vivo até com participação de instrumentos musicais diferenciados.

Dentre as preferidas, estão “Vetsvstvs”, “Baalbeck” e “Sound Relics”. “Baalbeck” é perfeita, a sequência melódica desperta vontade de ouvir novamente, e de observar o som de fundo que sutilmente a incrementa. Seria outra que também ao vivo, proporcionaria abertura para alguma inovação.

“Votive Stelae” é interessante, é o tipo de música que denota bem um início, meio e fim, com destaque para a finalização da guitarra. A “Sound Relics” é uma música que soa de certa maneira até independente de todas as outras. Tem um belo andamento e um toque de influência de outros estilos musicais. 

Na faixa “Of ruins and tragedies”, o destaque ficaria para os vocais limpos do final e o refrão repetido, que complementaram muito bem a composição. 

O fechamento com a “Strange Artifacts” é muito bom. A música tem um ar de suspense com a guitarra que se inicia, sempre com o vocal marcante de Samej. Não denotou bem uma finalização, mas ainda assim é um belo convite à imaginação do que se passava na antiguidade.

O álbum de forma geral é belíssimo, deixando evidente o quanto nosso país é bem representado. O cenário delineado e os aspectos explorados em cada música reforçam a valorização dos contextos históricos, que já são característicos da Mythological Cold Towers.

https://www.facebook.com/officialmythologicalcoldtowers

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