quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Review > Pain of Soul – The Cold Lament (2011)


Gravadora: Fonomidia/Independente

Algum tempo depois de entrar em contato comigo por e-mail alguns meses atrás, a banda Pain of Soul, que é de Santa Catarina e já tem mais de 10 anos de estrada (mas que, pra mim, era desconhecida até então) me causou duas surpresas.

A 1ª foi receber em casa, pelo correio, o CD da banda, com release e tudo, uma particularidade inesperada na época em que temos a facilidade de simplesmente jogar tudo na net e mandar um link pra download. Eu, pessoalmente, gosto de ter os CDs em mãos e isso já me causou uma boa impressão.

No entanto, quando pus o CD pra rodar e olhei o encarte, logo pensei: “ah não, mais uma banda de Gothic Metal?” Um preconceito a que muitos provavelmente vão incorrer ao perceberem que eles usam a velha fórmula dos vocais “beauty and beast” (feminino limpo e masculino gutural). Aí, veio a segunda surpresa: não poderia estar mais errado. A Pain of Soul, ao invés das influencias góticas, do uso de teclados e dos ritmos levemente dançantes que se esperariam de uma banda com esse tipo de vocal, seguiu um caminho incomum e suas principais influencias parecem ser Katatonia, My Dying Bride (principalmente os primeiros álbuns) e... Iron Maiden!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Resenha do I Legion Of Nexus Festival no Whiplash

O 1° Legion Of Nexus Festival, que foi realizado no dia 04 deste mês de dezembro no Blackmore Bar, contou com a banda HellLight como banda principal da noite. A banda, além de tocar seus sons próprios, também mandou os covers de Queen e Black Sabbath contidos no seu último lançamento, o EP The Light that Brought Darkness (que pode ser baixado no site da banda - informações aqui).

Confira a resenha completa do show da HellLight e das outras bandas que participaram do evento no link: http://whiplash.net/materias/shows/144106-helllight.html#axzz1gkfl9Xi0


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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Review> Morito Ergo Sum — Moonchild (EP 2011)


A banda Morito Ergo Sum é uma proposta um tanto inusitada. Foi iniciada pelo brasileiro Paolo Cito (guitarra), residente na Suécia, e hoje conta com o italiano Walter Basile nos vocais e bateria, o uruguaio Pablo Magallanes na guitarra e o sueco Harry Virtanen no baixo. Além disso, o som da banda usa andamentos de Funeral Doom, riffs ora melódicos, ora na linha mais tradicional do Death Doom e somente vocais limpos.
Depois de lançarem a demo I Die Therefore I Am no ano passado, a banda lançou recentemente seu primeiro EP, Moonchild, que apresenta 3 novas músicas e um cover para uma música do King Crimson e que dá nome ao trabalho.

O EP traz músicas um pouco mais trabalhadas do que a demo, mas seguindo a mesma linha. O que me vem à cabeça ouvindo a Morito Ergo Sum neste EP é um misto da banda norueguesa Funeral, com o lado mais melódico do My Dying Bride ou talvez um Saturnus mais lento.

Curiosamente, e não sei se isto foi intencional, o som da banda faz jus ao seu nome: apesar da quantidade de riffs pesados, usa bastante de notas que ressoam e pausas, o que, somado aos vocais, trazem a sensação e uma atmosfera "moribunda", parada, melancólica, de algo que chega ao seu fim.

Um ponto que pode ser negativo diz respeito aos vocais, algo que eu já havia destacado quando resenhei a demo da banda. Walter usa somente vocais limpos de tons médios e médios-altos e eles trazem um problema parecido ao que percebo com o material da Funeral a partir do álbum From these Wounds: por um lado, trazem um diferencial à banda, mas, por outro, às vezes, se tornam um pouco sem emoção e monótonos. Para uma banda que se propõe a usar apenas este tipo de vocal, ainda falta algo na voz ou no estilo de Walter. Não que ele seja um mau vocalista, muito pelo contrário, mas sua voz é "macia", suave demais, e ainda falta algo para que ele saia do apenas razoável e mostre algo acima da média.

Fora esse detalhe, a banda usa muito da alternância entre os riffs mais melódicos e os mais pesados e, com isso, temos muitos bons riffs ao longo das faixas. O andamento das músicas é quase sempre lento, tirando em uma ou duas passagens mais rápidas. A produção do EP é muito boa, o som da banda é muito coeso e com certeza deve agradar quem curte as bandas que citei anteriormente e, especialmente, quem gosta da linha mais melódica do Doom Metal.