quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Review> Morito Ergo Sum — Moonchild (EP 2011)


A banda Morito Ergo Sum é uma proposta um tanto inusitada. Foi iniciada pelo brasileiro Paolo Cito (guitarra), residente na Suécia, e hoje conta com o italiano Walter Basile nos vocais e bateria, o uruguaio Pablo Magallanes na guitarra e o sueco Harry Virtanen no baixo. Além disso, o som da banda usa andamentos de Funeral Doom, riffs ora melódicos, ora na linha mais tradicional do Death Doom e somente vocais limpos.
Depois de lançarem a demo I Die Therefore I Am no ano passado, a banda lançou recentemente seu primeiro EP, Moonchild, que apresenta 3 novas músicas e um cover para uma música do King Crimson e que dá nome ao trabalho.

O EP traz músicas um pouco mais trabalhadas do que a demo, mas seguindo a mesma linha. O que me vem à cabeça ouvindo a Morito Ergo Sum neste EP é um misto da banda norueguesa Funeral, com o lado mais melódico do My Dying Bride ou talvez um Saturnus mais lento.

Curiosamente, e não sei se isto foi intencional, o som da banda faz jus ao seu nome: apesar da quantidade de riffs pesados, usa bastante de notas que ressoam e pausas, o que, somado aos vocais, trazem a sensação e uma atmosfera "moribunda", parada, melancólica, de algo que chega ao seu fim.

Um ponto que pode ser negativo diz respeito aos vocais, algo que eu já havia destacado quando resenhei a demo da banda. Walter usa somente vocais limpos de tons médios e médios-altos e eles trazem um problema parecido ao que percebo com o material da Funeral a partir do álbum From these Wounds: por um lado, trazem um diferencial à banda, mas, por outro, às vezes, se tornam um pouco sem emoção e monótonos. Para uma banda que se propõe a usar apenas este tipo de vocal, ainda falta algo na voz ou no estilo de Walter. Não que ele seja um mau vocalista, muito pelo contrário, mas sua voz é "macia", suave demais, e ainda falta algo para que ele saia do apenas razoável e mostre algo acima da média.

Fora esse detalhe, a banda usa muito da alternância entre os riffs mais melódicos e os mais pesados e, com isso, temos muitos bons riffs ao longo das faixas. O andamento das músicas é quase sempre lento, tirando em uma ou duas passagens mais rápidas. A produção do EP é muito boa, o som da banda é muito coeso e com certeza deve agradar quem curte as bandas que citei anteriormente e, especialmente, quem gosta da linha mais melódica do Doom Metal.



3 comentários:

  1. Eu gostei bastante do álbum anterior. Quero comprar esse novo. O duro é fazer transações internacionais sem cartão de crédito.

    ResponderExcluir
  2. Satoshi, me manda um e-mail para moritoergosum at email.com e agente resolve isso.

    ResponderExcluir
  3. Divulgando um novo modo de interação entre música + história de álbuns conceituais. http://rottingindarkness.blogspot.com/2011/12/king-diamond-abigail-1987-book-player.html vlw

    ResponderExcluir