TEATRO RIVAL PETROBRÁS
10/04/13
Por Julie Sousa
No último dia 10 de abril, o Teatro Rival no Rio de Janeiro recebeu a primeira e única apresentação de um expoente do gênero Doom Metal - os ingleses do My Dying Bride - , esperados há anos pelos doomsters presentes das mais variadas partes do país.
Ainda na fila para a entrada, era possível ouvir e identificar diferentes sotaques, conhecer e reconhecer membros de algumas bandas de Doom Metal brasileiras. Todos compartilhavam de um sentimento de euforia, aliado à ansiedade em estar diante de seus ídolos. Era apenas o começo de uma grande noite!
A casa:
De fácil localização e acesso, o Teatro Rival Petrobrás se encontra na região da Cinelândia (Centro do Rio de Janeiro). Com capacidade para 498 pessoas e parco histórico de uso em shows de Rock ou Heavy Metal, a casa se mostrou bastante confortável e aconchegante.
Por contar com um palco não muito alto, possibitou uma aproximação visual da banda para com o público.
O show:
Sob a recepção calorosa, as cortinas se abrem e My Dying Bride surge com uma de seus recentes trabalhos, a “Kneel Till Doomsday”. Percebe-se que neste entremeio alguns dos presentes se mostram completamente atônitos. Eram os ingleses de fato.
Ao decorrer da segunda canção apresentada, “Like Gods of the Sun”, o ambiente torna-se orgânico, como se fora um único manto vivo, perplexo e emocionado.
Agressivamente executada, a “To Remain Tombless" mantém o nível altíssimo da apresentação da banda, fazendo os doomsters manifestarem-se de formas diversas, e precedendo um dos grandes momentos da noite.
A “From Darkest Skies” então é apresentada a nós imaculadamente, fazendo despertar a mesma sensação que senti ao ouvi-la pela primeira vez, pelos idos de 2001. O público, em coro com Aaron, ensejou um belo momento, no qual a emoção que ali exalara pôde atingir níveis ainda mais profundos.
Ao começar a “Turn Loose the Swans", pudemos perceber que os olhares outrora incrédulos, agora estavam marejados.
Se faz necessário apontar que em todo o momento a brilhante interpretação de toda a banda, sobretudo a dramaturgia de Aaron, nos levou a uma percepção de todo o tipo de sensação, quiçá um misto de todas as emoções que público e banda apresentavam. O jogo de luzes que variavam a cada música contribuiu para proporcionar uma atmosfera soturna e bela.
"My Body, a Funeral”, irretocavelmente apresentada, foi marcada por seu violino triste, reflexivo e belo. Como continuidade ao espetáculo, a “The Wreckage of My Flesh” foi outro ponto alto da noite. Grandiosamente apresentada, mostra a intenção de emocionar-nos de modo rebuscado.
“She Is the Dark" segue como que atendendo a pedidos de alguns dos presentes, em seguida a ”The Poorest Waltz”. Entretanto, My Dying bride reservara ainda outro grande e aguardado momento da noite: “The Cry Of Mankind” então se inicia. Confesso que neste momento permaneci inerte, não possuo as palavras adequadas para me referir a esta fração do espetáculo.
“Like a Perpetual Funeral” é apresentada logo em seguida.
Após, “The Dreadful Hours” é executada de forma maestral antecedendo a emblemática “The Forever People”, outro auge do show. Os presentes liberam-se aos gritos e punhos ao alto, e eu, novamente perplexa, reparo sorrisos nos que me rodeavam. Coisa que há muito não via em shows deste porte.
A banda teve como última canção apresentada a “The Raven And The Rose” e despede-se ao som de muitos aplausos e brados eufóricos de seguidores fiéis e emocionados. Todos os presentes estavam realmente muito felizes, realizados de fato. Sentimos falta da "Your River", que embora tenha sido aclamada pelo público, não foi executada. Nada que ofusque a noite daquele 10 de abril.
Mais que um espetáculo inesquecível, foi prazeroso participar e admirar sorrisos em alguns, lágrimas em outros durante toda a noite.
Ressalva a ser feita, era notável o entrosamento da banda a cada música apresentada, proporcionando um clima intimista e caloroso, mas sobretudo impecavelmente profissional.
Pouco tempo depois do término da apresentação, como anunciado pela Overload, uma fila se forma ainda no interior do Teatro. A banda recebe cada um dos que estavam na fila para um meet and greet descontraído e informal, ainda que singelamente carinhoso. Esbanjando simpatia e humildade, mesmo após terem realizado um concerto intenso como o foi, os ingleses fotografaram e autografaram com seus fãs, fortalecendo deste modo a admiração dispensada ao grupo por todos os presentes.
Me sinto extremamente lisonjeada em ter feito parte deste memorável encontro, e aguardo desde já o retorno do My Dying Bride a terras brasileiras. E que seja muito em breve!
Apontamento sobre a produtora:
Overload está de parabéns, o show estava impecavelmente bem organizado, além de pontual e confortável.
Nota DMBR: Muitos agradecimentos à Julie Sousa, baterista da banda Mortarium, por enviar a resenha, à Overload e à fotógrafa Alessandra Tolc. O restante das fotos podem ser encontradas no álbum de fotos do show no perfil da Overload.My Dying Bride Site Oficial
My Dying Bride Facebook
O show foi simplesmente magnífico... O melhor show da minha vida, ainda me encontro sem palavras para expressar tudo o que ainda sinto...
ResponderExcluirAinda em êxtase pelo tão esperado show de ano, muito feliz e satisfeita.
http://www.youtube.com/watch?v=np8ON8Zy614
ResponderExcluirFoi um Uma noite única e mágica. Memorável. Levarei para o resto da minha vida.
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