quarta-feira, 15 de julho de 2015

Resenha de CD > Agony Voices – Mankinds Glory (2015)

Por Guilherme Rocha (Funeral Wedding)
Lançamento: maio/2015
Gravadora: independente

Agony Voices é um grupo de Doom/Death Metal de origem catarinense, mais precisamente da cidade de Blumenau e nos presenteiam com mais um trabalho de qualidade, o seu segundo álbum, Mankinds Glory. Este novo trabalho, que foi lançado dia 9 de Maio de maneira independente é superior ao seu antecessor, The Sin, lançado em 2011, por trazer os mesmo elementos do álbum passado, mas adicionando uma sonoridade um pouco mais trabalhada e quiçá menos agressiva, podendo então desagradar quem esperava por mais peso da parte da banda. 

Começando com a música que dá nome ao álbum, ”Mankinds Glory” é uma faixa que possui um riff incrível, até pegajoso, então a banda acerta em cheio em abrir com essa canção, pois deixa o ouvinte curioso e com vontade de ouvir as próximas faixas. “Nocturnal Minds” e “A New Beginning” seguem com ótima qualidade e lembrando muito o primeiro álbum por serem as mais agressivas.  

O clímax do álbum certamente é a trinca, “No Traces”, “World of Devastation” e “Desire for Pain”. Estas três faixas mostram bem o que é o novo som do grupo, mais denso, trabalhado e o mais importante, são amostras de uma identidade do grupo, que intercala entre o Death Doom e Gothic Doom estilo Paradise Lost na canção “Desire for Pain” ou Woods of Ypres em “No Traces”. O álbum segue de maneira coesa, desde a primeira canção até seu ultimo lamento agonizante, “Abyss of Despair”, que fecha o álbum de maneira excelente e, como não podia deixar de ser, carregada de feeling e melancolia. 

O grupo está de parabéns pelo novo álbum e esperamos por muitos outros com a certeza de que grandes obras ainda viram destes catarinenses. Confiram sem medo este novo álbum, que já está à venda, entrando em contato com a banda pela página no facebook dos mesmos. 


Entrevista – Volkmort

Por Cielinszka Wielewski



1. Apresente a Volkmort para quem frequenta o Doom Metal BR, mas não a conhece.
DEATHOS - Somos a banda VOLKMORT, executamos um death/doom, porém agregamos alguns elementos de WAR metal.
Atualmente integram a banda:
Deathos – Panzer (Bass)
Unorthodox – Deaths (Guitars)
Sepulchral – Grave (Drums)
Dunkel Traum – Flagéllum (Vocal)


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Resenha > Mictian – Lost in My Sick Mind

Gravadora: independente
Por Guilherme Rocha (Funeral Wedding)

Mictian, é um grupo nordestino de Doom Metal que começou suas atividades em 2003, tendo lançado sua primeira demo no ano de 2005, intitulada, Hallucination. Em 2010 o grupo lançou outra demo cujo nome é, Lost in My Sick Mind, que contém, além de 4 faixas até então inéditas, as outras 4 faixas da demo anterior, tornando esta demo em quase um Full-Lenght.

A banda possui uma semelhança sonora imensa com o grupo norte-americano Novembers Doom, o que já explica muito sobre o porquê de a banda ser tão qualificada. Podemos consolidar essa semelhança com os americanos na primeira faixa, “Lost Soul”. “I Don’t Know Who I Am” , destoa e muito dos trilhos por ter um ritmo um tanto quanto alegre e dançante, sendo quase um Heavy n Roll, mas esta “bola fora” não dura muito tempo, pois, “Melancholic Fate”, puxa o grupo de volta sendo talvez a melhor faixa do álbum deixando claro á influencia mais uma vez de Novembers Doom, além de possuir um arriscado solo  que poderia ser um pouco mais trabalhado ou pensado.

O álbum segue de maneira amena a partir da sexta canção, mas sem o brilho das 4 primeiras faixas. O fato de o grupo ter lançado os trabalhos de maneira independente é digno de respeito, mas parece que não acertaram em cheio ainda na direção sonora das musicas. Aguardamos que em breve o grupo lance mais trabalhos pois o grupo tem muita qualidade, mas não achou um norte ainda, creio eu.



quarta-feira, 6 de maio de 2015

Resenha de CD > Mythological Cold Towers - Monvmenta Antiqva (2015)

Gravadora: Nuktemeron Prods.
Lançamento: abril/2015
Por Cielinszka Wielewski (Persephone Dark Clothes)

Quando trata-se de uma banda da relevância da Mythological Cold Towers para o cenário nacional, a expectativa por ouvir um novo trabalho é grande. Imagino o quanto deva ser ansiosa essa expectativa também por conta de seus integrantes, quando da produção do álbum. Mas o resultado ficou ótimo, ficou evidente a já notória experiência e identidade musical do grupo. A audição mostrou uma revisita a influências de suas próprias produções anteriores, com uma pitada de novidade. 

De inspirações gregas, romanas e temática histórica, a impressão que tive ao ouvir por completo o “Monvmenta Antiqva”, foi um misto de melancolia e reflexão. É incrível como esta banda tem o dom de casar muito bem as letras com os riffs e o andamento dos outros instrumentos. E essa combinação não poderia resultar em algo melhor. Parece que cada vez que se ouve, irá se descobrir algum detalhe novo. Enfim, as guitarras, por exemplo, “grudam” e os detalhes marcam e distinguem bem cada música. 

A princípio soou o álbum mais melancólico da banda, talvez porque a intro “Beyond the Frontspiece” já começou nesse clima. Densa e misteriosa, é o tipo de música que caberia ao vivo até com participação de instrumentos musicais diferenciados.

Dentre as preferidas, estão “Vetsvstvs”, “Baalbeck” e “Sound Relics”. “Baalbeck” é perfeita, a sequência melódica desperta vontade de ouvir novamente, e de observar o som de fundo que sutilmente a incrementa. Seria outra que também ao vivo, proporcionaria abertura para alguma inovação.

“Votive Stelae” é interessante, é o tipo de música que denota bem um início, meio e fim, com destaque para a finalização da guitarra. A “Sound Relics” é uma música que soa de certa maneira até independente de todas as outras. Tem um belo andamento e um toque de influência de outros estilos musicais. 

Na faixa “Of ruins and tragedies”, o destaque ficaria para os vocais limpos do final e o refrão repetido, que complementaram muito bem a composição. 

O fechamento com a “Strange Artifacts” é muito bom. A música tem um ar de suspense com a guitarra que se inicia, sempre com o vocal marcante de Samej. Não denotou bem uma finalização, mas ainda assim é um belo convite à imaginação do que se passava na antiguidade.

O álbum de forma geral é belíssimo, deixando evidente o quanto nosso país é bem representado. O cenário delineado e os aspectos explorados em cada música reforçam a valorização dos contextos históricos, que já são característicos da Mythological Cold Towers.

https://www.facebook.com/officialmythologicalcoldtowers

sábado, 4 de abril de 2015

Resenha > Within the Fall – Where Sorrow Grows (2015)

Enviado por Guilherme Rocha (Funeral Wedding)
Lançamento: mar/2015

A Suécia é um antro de criatividade. Não existe país no meio do Heavy Metal que mais revela bandas excelentes e isso vale pra todos os gêneros. Os novatos do Within The Fall estão na ativa há 5 anos, tendo Where  Sorrow Grows como primeiro álbum oficial, além de dois singles, uma demo e um EP intitulado Through The Shadows.

Pois bem, não me agrada muito fazer resenhas totalmente positivas acerca de um álbum, ou uma banda, mas estes caras realmente complicaram. Após muitas audições, não detectei um ponto negativo em Where Sorrow Grows. Todas as músicas são extremamente excelentes em todos os aspectos no que diz respeito ao Doom Metal. Passagens acústicas com vocais limpos que deixam qualquer à borda da ponte, teclados bem encaixados dando a atmosfera melancólica necessária às músicas e, quando o grupo parte pro peso, não deixam a desejar, com riffs lindos e melódicos também. As 5 faixas são perfeitas, mas 2 requerem uma atenção especial: "Song of Autumn" (o nome diz tudo, perfeita música pra se escutar em nublado dia de outono) e "Graveyard of Gods" (que possui um riff repleto de feeling executado totalmente na base do efeito, mostrando que nem sempre a técnica virtuosa ou "fritada" é o que importa).

Foi uma imensa surpresa ouvir essa banda que já se tornou pelo menos para este escriba a grande revelação do ano, ou pelo menos, do nosso bem vindo Outono.

https://www.facebook.com/WithinTheFall
https://withinthefall.bandcamp.com/
(Nota DMBR: o álbum pode ser baixado ou comprado pelo bandcamp da banda)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Entrevista – Agony Voices

Por Cielinszka Wielewski*


Santa Catarina, apesar de ser um estado relativamente pequeno, sempre se fez presente no que se refere à contribuição à cena doom metal nacional. A relevância pode ser exemplificada ao público leitor, pelo Eclipse Doom Festival. Evento por anos a fio realizado no estado, - promovendo a troca de contatos e divulgação de inúmeras bandas do sul do país -, quando de sua transferência e realização no Estado de São Paulo, influenciou, abriu caminho e motivou muito a realização de outros eventos do gênero. 

Longe das capitais, regionalmente produções de qualidade são realizadas, mas por motivos diversos, nem sempre são citadas ou acabam tão conhecidas. Infelizmente o espaço na mídia que poderia contemplar a diversidade, acaba não muito atento a esta lacuna. 

Uma banda que permanece ativa e de grande contribuição nesse contexto, é a Agony Voices, de Blumenau/SC. Segue a entrevista realizada com Jonathan Feltz para o Doom Metal BR, confiram: 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Resenha de CD > My Dying Bride - A Map of All Our Failures (2012)

Gravadora: Peaceville Recs.

Eu tentei, eu juro. Ouvi o disco várias vezes. Mas eu não sei se o problema sou eu ou se realmente os ingleses do My Dying Bride perderam o jeito de fazer Doom Metal. Ao ouvir os últimos 3 discos da banda, eu tenho a mesma sensação que tenho quando ouço os 3 últimos do Iron Maiden. Os discos são tecnicamente excelentes. Mas musicalmente, embora eles não sejam necessariamente ruins, eles nunca são realmente bons e vão perdendo a inspiração a cada lançamento. Parece que, pra ambas as bandas, acabou aquilo que os tornava revolucionários.